Em 31 de Dezembro de 2019, o escritório chinês da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi informado da detecção de uma pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, na província de Hubei. Depois de relacionar este novo coronavírus a outros já conhecidos como o SARS e o MERS, este novo vírus foi denominado SARS-CoV-2 e à doença que provoca o COVID-19. Em 30 de Janeiro, tendo detectado o surto do vírus em outros países fora da China, a OMS declarou uma Emergência de Saúde Pública Internacional.
COVID-19: business continuity
Em 11 de março de 2020, após 118.000 casos terem sido notificados em 114 países, o coronavírus foi declarado como uma pandemia para que os governos de todo o mundo tomassem as medidas necessárias para conter a sua propagação. Apenas duas semanas depois, a escala do impacto desta pandemia já era de mais de 400.000 casos confirmados de infecção pelo SRA-CoV-2, mais de 18.000 mortes num total de 196 países. Desde então, a SARS - CoV - 2 continua a cruzar fronteiras e mantém uma taxa de crescimento exponencial, duplicando o número de pessoas infectadas a cada poucos dias em muitos países.
A fim de mitigar os efeitos relacionados com a propagação da pandemia, os governos foram forçados a tomar medidas rápidas, desenvolvendo medidas urgentes para conter o vírus, como a implementação de restrições à liberdade de circulação dos cidadãos ou o controle e fechamento de fronteiras. Algumas das medidas mais restritivas implementadas até à data foram tomadas pelos governos europeus de Itália, Espanha e França.
Tudo isto, além de ser uma grave crise de saúde, está provocando graves consequências para a economia mundial. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), quantificar o impacto econômico da atual situação pandêmica devido ao novo coronavírus é complexo, resultando em grande incerteza sobre as perspectivas econômicas e riscos associados de deterioração. Isto pode comprometer tanto o crescimento econômico como a estabilidade financeira.
Como alerta o FMI, além de políticas econômicas e medidas fiscais específicas, a implementação de políticas de estabilidade monetária e financeira adequadas será vital para ajudar a sustentar a economia mundial. Por conseguinte, os governos, bem como várias autoridades supranacionais (por exemplo, BCE, ABE ou AEVMM) e nacionais (por exemplo, BoE e Fed), estão adotando medidas para reduzir o impacto sobre a economia real, tais como a suspensão dos pagamentos hipotecários, diferimentos fiscais flexíveis para as PMEs e para os trabalhadores autónomos, ou a flexibilização de certos requisitos de supervisão, entre outros. Este tipo de medidas estão sendo adotadas através de diferentes intensidades na Europa, nos EUA e na América Latina.
Finalmente, tanto a ameaça para a saúde representada pela propagação do novo vírus como as medidas de contenção adotadas pelas autoridades representam uma séria ameaça para a continuidade das operações comerciais.
O declínio drástico na procura dos seus produtos e serviços devido às restrições à livre circulação de pessoas e ao encerramento de lojas está acarretando em fortes pressões de liquidez sobre as empresas. Em alguns setores, as cadeias de abastecimento também estão sendo seriamente afetadas. Por outro lado, o cumprimento das medidas de confinamento domiciliar pressiona fortemente as suas infra-estruturas de comunicações, o que aumenta o desafio de gerir massivamente novas formas de trabalho remoto (teletrabalho), ao mesmo tempo em que se estabelecem e monitoram medidas para mitigar as ameaças à saúde dos colaboradores.
Para enfrentar este cenário adverso e garantir a continuidade de suas operações, as empresas devem realizar planos de choque em múltiplas frentes (Organização e Recursos Humanos, Tecnologia, Instalações, Fornecedores e Comunicação) de forma coordenada, sob um modelo de governança que gerencie a crise.
Este documento fornece uma visão geral das medidas adotadas pelas instituições, centrando-se na Europa e nas Américas, bem como algumas das principais implicações que terão as mesmas nos diferentes setores da economia e, especificamente, no setor financeiro. Após esta revisão geral, o principal objetivo do documento é oferecer propostas de ação concretas destinadas às empresas para facilitar a gestão da crise e assegurar a continuidade das suas operações.
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